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Jornalismo: transformações e desafios contemporâneos

A invenção da prensa de tipos móveis, por Johannes Gutenberg (1400 - 1468)  transformou a relação das pessoas com o texto e a leitura. Nesse sentido, a mecanização da impressão tornou possível a produção dos jornais modernos, a partir do século XV. Apesar da criação dos jornais, nem todos tinham acesso às publicações devido à alta taxa de analfabetismo da época. Em alguns casos, os textos eram lidos nos espaços públicos, em voz alta. 

Com o passar dos anos, as notícias chegavam com mais facilidade aos leitores por meio do telégrafo. No século XIX, o jornal já era um meio de informação de presença significativa na vida das pessoas. De acordo com o site Catho Comunicação, na década de 1920, com a chegada do rádio no Brasil, o jornalismo passou por uma revolução, inovando os meios de informação, seguido pelo surgimento da televisão décadas depois. Atualmente, o jornal desempenha um papel importante na sociedade, sendo um pilar da democracia. 

Com a transformação técnica e tecnológica, foi preciso adaptar-se para atender às demandas de um público conectado às redes. O acesso à internet revolucionou o modo como as notícias são produzidas, distribuídas e consumidas. Além disso, a web potencializou o alcance das informações, pulverizando-as a um público maior. No entanto, isso também trouxe desafios, como a disseminação de notícias falsas e a necessidade de verificar as fontes para garantir a credibilidade da informação. Por vezes, os leitores apresentam dificuldade em discernir as informações válidas das falsas devido à quantidade de textos produzidos nesse meio, o que reforça o compromisso ético de jornalistas com a correção da informação.

Entre tantos desafios, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ, 2020) destaca que, em 2020, “houve uma verdadeira explosão da violência contra jornalistas e contra a imprensa de um modo geral” (AMORIM, 2021, online). No Relatório 2020 – Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, a entidade contabilizou 428 episódios, um crescimento de 105,77% em relação a 2019. Naquele ano, o número de casos de ataques a veículos de comunicação e a jornalistas já havia registrado aumento de 54,07% em relação ao ano anterior, tendo chegado a 208 casos.

Outro aspecto relevante da profissão é a adaptação dos meios de comunicação a novos modelos de negócios no mundo digital, garantindo sua sustentabilidade em um ambiente altamente competitivo e que está em constante transformação.

Considerando os elementos expostos no texto, destaca-se a presença do jornalismo na sociedade contemporânea como um elemento constitutivo do sentimento de cidadania, visto que, sem a transparência da informação e o trabalho ético dos profissionais, a própria concepção democrática não seria possível.


REFERÊNCIAS


AMORIM, E. Perseguição a jornalistas e comunicadores populares explode no Brasil. Le Monde Diplomatique. [s.l.] Guarulhos, 5 mar. 2021. Disponível em: <https://diplomatique.org.br/perseguicao-a-jornalistas-comunicadores-populares-explode-no-brasil/> Acesso em: 2 abr. 2024.


FEDERAÇÃO Nacional dos jornalistas. Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil: relatório 2020. [s.l]: Brasília - DF, 2020. Disponível em: <https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2021/01/relatorio_fenaj_2020.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2024.



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