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VENENO À MESA: O METANOL E O RISCO NAS BEBIDAS DESTILADAS

Nas últimas semanas, foram encontrados vestígios da substância metanol na composição de bebidas alcoólicas destiladas. Apesar de apresentar características muito semelhantes às do etanol, o metanol possui uma estrutura química diferente, o que o torna altamente prejudicial à saúde das pessoas que consomem essas bebidas sem saber que foram adulteradas.

Em suas estruturas químicas, o etanol possui dois átomos de carbono, enquanto o metanol possui apenas um. Essa diferença, aparentemente pequena, causa um grande impacto em suas propriedades, tornando o metanol um álcool tóxico e perigoso quando ingerido.

Visualmente, não é possível identificar se uma bebida alcoólica contém etanol ou metanol, já que ambos são incolores, inflamáveis e apresentam odor muito semelhante. Por isso, a distinção entre eles só pode ser feita por meio de testes laboratoriais precisos. No entanto, ainda existem formas de prevenir a intoxicação causada pelo consumo dessas bebidas adulteradas.

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Quando ingerido, os sintomas nas primeiras horas podem assemelhar-se a uma ressaca comum, sendo náusea, tontura e dor abdominal os mais aparentes. No entanto, a situação tende a se agravar após aproximadamente vinte e quatro horas do consumo. Para eliminar o metanol do organismo, os rins produzem dois subprodutos tóxicos que afetam diversos órgãos e células, causando visão turva, dores oculares, sensibilidade à luz e exaustão intensa.

Caso o indivíduo apresente esses sintomas, é fundamental procurar imediatamente um hospital. O tratamento inclui a administração do antídoto (etanol farmacêutico) e, nos casos mais graves, a hemodiálise, procedimento utilizado para filtrar o sangue da substância tóxica. Desde o início da crise, cerca de 1.125 ampolas de etanol farmacêutico já foram distribuídas pelo Ministério da Saúde, e outras 60 mil estão em processo de aquisição.

É importante ressaltar que a prevenção é a medida mais eficaz; nunca consumir bebidas de procedência duvidosa e ficar atento aos sinais do corpo pode salvar vidas. A conscientização sobre os riscos do metanol deve ser ampla, para que episódios como estes possam ser evitados.





 
 
 

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