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O AUTO DA COMPADECIDA VIVE NO COLÉGIO UNIVERSITÁRIO UNIDAVI

A obra O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, segue encantando gerações por seu humor inteligente, suas críticas sociais e sua profunda brasilidade. Na Colégio Universitário Unidavi, ela tem ganhado um espaço especial nas aulas de Língua Portuguesa, com a professora Viviane Steinheiser Burger, que há anos transforma a leitura da peça em uma experiência viva, dinâmica e integrada entre diferentes turmas.


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Nos 8º Anos, a professora coordena aquilo que chama de Laboratório de Estudos da Obra, um projeto no qual os estudantes mergulham no universo de Suassuna. Nesse processo, eles exploram a estrutura do texto teatral, analisam os personagens icônicos, como João Grilo e Chicó, estudam os elementos culturais do Nordeste retratados na narrativa e ainda investigam os temas centrais da obra, como fé, justiça, esperteza e desigualdade social. O laboratório vai muito além da simples leitura: é um espaço de ação e exercícios de interpretação que gradualmente preparam os alunos para o próximo passo.


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Esse próximo passo acontece no 9º Ano, quando os estudantes deixam de apenas estudar a peça para ensaiá-la e apresentá-la. A experiência do teatro se torna concreta: eles passam pela criação de cenários, figurinos e organização de elenco. A cada ensaio, crescem em responsabilidade, autonomia e capacidade de trabalhar em grupo. A encenação de O Auto da Compadecida se transforma, assim, em um rito de passagem dentro da escola, uma memória que marca o final do Ensino Fundamental.


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Na última semana, ocorreu a tão aguardada apresentação anual. Os alunos do 9º Ano apresentaram diante de uma plateia formada por estudantes do 6º ao 3º Ano, que acompanharam cada cena com atenção e entusiasmo. Muitos riram com as trapalhadas de João Grilo e Chicó, outros se emocionaram com a intervenção da Compadecida, e todos puderam perceber como a literatura pode ganhar vida quando é assumida como prática coletiva.


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O evento não foi apenas uma peça teatral, mas a celebração de um processo pedagógico longo, significativo e afetivo. O trabalho da professora Viviane Steinheiser Burger evidencia como a escola pode ser um espaço onde ler e interpretar vai além das páginas: transforma-se em experiência estética, construção de identidade e partilha cultural. A cada ano, o projeto reafirma que a arte continua sendo uma das formas mais bonitas de aprender e de aproximar gerações dentro da comunidade escolar.

 
 
 

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