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Preocupação: álcool torna-se cada vez mais presente no cotidiano dos adolescentes.

Pesquisa revela que 63% dos adolescentes tiveram sua primeira ingestão de álcool influenciados por algum familiar


O Centro de Alcoologia do Sul (2001) aponta que o álcool tem se tornado cada vez mais comum no cotidiano dos adolescentes, esse grupo que apresenta maior vulnerabilidade devido ao seu consumo. A facilidade de acesso a bebidas por menores de idade é uma questão que precisa ser combatida, pois permite que os jovens tenham mais liberdade para escolher e adotar comportamentos arriscados. Atualmente, muitos jovens têm mais chances e recursos financeiros disponíveis, sendo influenciados pelas técnicas de venda e marketing, que estão se tornando mais incisivas em relação aos produtos de consumo e substâncias psicoativas como, por exemplo, o álcool.


Os jovens estão mais propensos a sofrer danos físicos, emocionais e sociais devido ao consumo dessa substância. Muitas dessas vítimas sofrem com os efeitos do consumo de álcool por terceiros, principalmente no que se refere à família. A partir do banco de dados gerado pela pesquisa “Consumo de Álcool na Adolescência”, dos jovens que relataram consumir álcool, 64,3% relataram que a família foi seu primeiro contato com o álcool. Ainda, 46,4% relataram blecaute alcoólico após o consumo e 3,6% bebem de 2 a 3 vezes na semana.


Consumo de álcool por influência de terceiros:

Fonte: Pesquisa realizada pelos autores









Frequência do consumo de álcool por adolescentes:

Fonte: Pesquisa realizada pelos autores.


Segundo Crosnoe, Muller & Frank (2004), intitulado Peer context and the consequences of adolescent drinking, o consumo de álcool na adolescência é visto como um problema social, que pode levar os adolescentes a sofrer uma série de consequências nocivas. Para a pesquisadora Zeigle (2005), citada pelos autores do estudo, o consumo desta substâcia em excesso pode gerar sequelas irreversíveis para os usuários, acidentes de viação, comportamentos sexuais de risco, tentativas de suicídio, afogamento e consumo de outras drogas.

No estudo elaborado por Heather e Kaner (2001), na Inglaterra e País de Gales, pode-se concluir que o consumo da substância entre adolescentes é maior que entre adultos. Refere-se que a porcentagem de ambos os gêneros entre 16 e 24 anos bebem acima dos níveis recomendados para a saúde, e jovens entre 11 e os 15 anos bebem álcool semanalmente. Como os adolescentes não podem beber com a mesma frequência que os adultos, esse aumento constante é resultado de uma nova tendência entre jovens que é beber com maior intensidade numa só ocasião, ou seja, beber até ficar embriagado.

Diversos fatores podem levar os adolescentes a seguirem este caminho em virtude de buscar o conforto, prazer e para pressão social, que é a principal causa do uso da droga. Em virtude de ela ser legalizada, as pessoas usam sem medo, pois acham que não faz tanto mal como as drogas ilícitas, mas elas podem até ser piores. O poder destrutivo do álcool, segundo a médica Ana Beatriz: “tem uma grande capacidade de provocar lesões em tecidos adiposos (gordura). O álcool pode acabar desencadeando um processo inflamatório no cérebro, alterando a bioquímica e as transmissões elétricas que acontecem entre as sinapses. No primeiro momento, ele acaba relaxando. Em seguida, provoca euforia. Já no terceiro momento, acaba ocasionando a depressão. E, se a pessoa não parar de beber rapidamente, o álcool leva ao coma.”

O consumo de álcool por adolescentes tem aumentado e fatores que podem levá-los a seguirem esse caminho podem ser evitados. Apesar dos efeitos comportamentais e mentais, a comercialização e consumo de bebidas para jovens é um problema que deve ser analisado pelas políticas públicas fazendo com que a lei seja mais rigorosa .


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