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Profissão Jornalista: Como é ser o que você é?



Para destacar a relevância da profissão do jornalista, a equipe editorial do jornal A Voz da Humanidavi entrevistou a jornalista Rafaela Sandrini. A profissional graduou-se em jornalismo pelo Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), onde também atua no Departamento de Comunicação (Decom). Rafaela Sandini é mestre em Jornalismo (UFSC) e doutoranda em Desenvolvimento Regional (FURB).

 


Confira a entrevista na íntegra:




(Equipe) Rafaela, primeiramente, gostaríamos de expressar nossa satisfação em tê-la conosco e podermos falar um pouquinho sobre essa importante profissão que é o jornalismo. Você pode nos contar um pouco mais sobre você? O que a levou escolher a formação em jornalismo?

(Rafaela) Eu sou natural de Trombudo Central, estudei em escola pública durante todo o meu Ensino Fundamental e Ensino Médio. Eu sempre gostei muito de ler e escrever, e aí, a partir disso, pensei, que formação eu poderia fazer? E nisso surgiu a ideia de fazer jornalismo, que era uma área em que eu poderia praticar essas habilidades que eu já tinha, de leitura e escrita, e onde eu almejava, de alguma forma, impactar o mundo, trazer alguma transformação positiva no mundo. 


(Equipe) Você se graduou na Unidavi? Como foi essa experiência?

(Rafaela) Sim, eu iniciei em 2007 e me formei em 2010. Foi uma experiência muito boa. Desde o início, eu passei a fazer iniciação científica, tinha já essa possibilidade de fazer projetos. Então, dentro da área do jornalismo, eu fiz projetos. Praticamente em todos os anos da graduação, eu fiz projetos de pesquisa, projetos de extensão, ganhei bolsa de estudos e participei das atividades práticas. O curso tinha disciplinas que eram laboratoriais, como telejornalismo, radiojornalismo, disciplinas de redação e, tudo isso, além dos estágios, prepara muito bem o acadêmico para que ele se sinta capaz quando vai para o mercado de trabalho, então sou muito grata à instituição, por todas essas possibilidades e visitas técnicas que ela oportunizou durante a minha formação.


(Equipe) Em qual área atualmente você trabalha?

(Rafaela) Enquanto eu estava na graduação, fiz projetos de iniciação científica, gostava muito de estar na universidade e aí eu pensei em continuar na carreira acadêmica me especializando. Então eu terminei em 2010, e de 2012 a 2014 eu fui fazer mestrado em jornalismo na UFSC, fiquei dois anos morando lá. Geralmente, procuramos fazer o mestrado e o doutorado porque nós temos interesse ou na docência ou na pesquisa científica. Eu tinha interesse nessas duas áreas, então fiz meu mestrado e, em 2015 surgiu o convite para lecionar na Unidavi. Comecei a dar aulas no curso de jornalismo e hoje, como não tem mais essa demanda pelo curso, leciono outras disciplinas ligadas à comunicação em outras graduações e, desde 2019,  eu faço parte do quadro de funcionários da Unidavi, como jornalista no Departamento de Comunicação da Instituição. 


(Equipe) Há quanto tempo você exerce essa função?

(Rafaela) Assim que me formei, já comecei a atuar. Trabalhei como repórter e apresentadora de TV, então, contando desde o início, são 14 anos. 


(Equipe) Possui alguma pós-graduação?

(Rafaela) A nossa carreira segue uma escadinha. Eu posso fazer especialização, que é mais voltada para o mercado profissional e em seguida ir para o mestrado e depois para o doutorado. Eu fui para o mestrado, porque eu tinha mais interesse na carreira acadêmica. E agora, estou fazendo doutorado. O programa é de Desenvolvimento Regional, mas a pesquisa que faço é voltada ao jornalismo. 


(Equipe) Quais são seus objetivos profissionais futuros?

(Rafaela) Eu pretendo finalizar meu doutorado, gosto bastante de lecionar e pretendo continuar seguindo na carreira jornalística. Eu apresento o Universo Unidavi, que é o programa da Unidavi que vai para a RBA e também para as redes, agora, recentemente, também comecei a apresentar o Abstract, então, já estou com 14 anos de atuação profissional, mas sempre estou aberta a aprender e pretendo continuar como jornalista, sim.


(Equipe) Como foi para sua família quando você escolheu o jornalismo?

(Rafaela) Eu agradeço muito à minha família, porque meus pais não têm Ensino Superior, só o Ensino Fundamental e eles tiveram essa sabedoria de me deixar bastante livre. Então, a partir do momento que eu decidi fazer jornalismo, não houve nenhuma barreira. Eles sabiam da minha vontade, do meu gosto por estudar e me apoiaram bastante. Mesmo não entendendo muito bem o que seria esse papel na época, tínhamos jornais impressos aqui na região, mas Trombudo Central é uma cidade pequena, então, não tinha um jornal, rádio e nem possibilidade de atuar lá. Entretanto, mesmo sem entender muito bem qual seria a minha atuação profissional, eles aceitaram que eu seguisse. 


(Equipe) Qual o maior desafio em vivenciar o jornalismo hoje?

(Rafaela) Eu sempre fui uma pessoa tímida, entrei no jornalismo porque gostava de ler e escrever, e a partir do momento que eu entrei, percebi que comecei a aprender outras habilidades envolvendo TV e rádio. Sendo assim, também precisei me aprimorar nessa questão da comunicação oral, e isso foi um grande desafio.


(Equipe) Na vida de jornalista, você já teve que abrir mão de algo? 

(Rafaela) Precisei abdicar-me de momentos com a família e de lazer para cobrir a notícia, porque o jornalista precisa estar onde a notícia está. Muitas vezes, ela ocorre à meia-noite, como a enchente que aconteceu recentemente, em um momento inesperado e que durou por meses. Logo, em vários momentos, você precisa estar à disposição de sua profissão.


(Equipe) Qual foi a matéria ou entrevista que mais lhe marcou?

(Rafaela) Ainda durante a graduação, eu fiz uma matéria sobre doação de órgãos e ela foi inscrita num prêmio da Unimed, Jornalismo de Santa Catarina, que envolve produção de matérias de saúde. Durante a produção dessa matéria, eu entrevistei duas pessoas que estavam na fila de doação. Uma era um colega meu, que estava esperando, e a outra era uma tatuadora aqui de Rio do Sul, que estava aguardando na fila de espera pelo seu órgão e, durante a matéria, faleceu. Fiquei um pouco confusa, não sabia o que eu deveria fazer, se continuava com a produção daquela reportagem ou não. E aí a minha professora, na época, falou: "Rafa, continua, ela é um exemplo de uma pessoa que estava na fila, mas que não teve a sua oportunidade.’’ E aí eu finalizei a matéria, contei o caso dela. A matéria foi finalista do prêmio Unimed aqui em Santa Catarina. Foi um caso bem marcante.


(Equipe) O que, na sua opinião, é necessário para um jornalista alcançar o sucesso na carreira? E que conselho você daria para alguém que quer ingressar no jornalismo?

(Rafaela) Não fique na zona de conforto, não seja acomodado, tenha curiosidade e busque as informações nas fontes. Seja um jornalista perspicaz e curioso, responsável e comprometido. Assim, certamente, você terá muito sucesso. Para quem quer seguir nessa área, uma dica que eu dou é: não seja um profissional acomodado, porque para os bons profissionais que buscam ser pessoas responsáveis, éticas e comprometidas, sempre há espaço no mercado de trabalho. 


(Equipe) Rafaela, a equipe do jornal A Voz da Humanidavi agradece pela participação e deseja muito sucesso em sua carreira.

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