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Projeto de Escrita Científica no Colégio Universitário Unidavi

No ano de 2024, uma nova porta foi aberta para os estudantes do Ensino Médio do Colégio Universitário Unidavi. Criado e coordenado pelo professor Adilson Tadeu Basquerote Silva, o projeto é focado na escrita científica, um modelo de escrita utilizado por pesquisadores e acadêmicos de diversas áreas do saber.


Para oferecer uma visão mais aprofundada sobre a escrita científica e o funcionamento do projeto, a equipe editorial do jornal A Voz da Humanidavi conversou com o coordenador. Confira a entrevista na íntegra para entender melhor os objetivos e os impactos dessa iniciativa.



(Equipe) O que é exatamente a escrita científica?

(Adilson) A escrita científica difere da escrita coloquial que usamos no dia a dia, por ser mais elaborada e baseada em princípios científicos rigorosos. Por exemplo, ao escrever cientificamente, você se apoia em autores e pesquisas anteriores que fundamentam seu trabalho. Além disso, a escrita científica utiliza um vocabulário especializado e segue padrões estabelecidos, como as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) no Brasil. Isso inclui aspectos como espaçamento e regras específicas, bem como a correta citação, paráfrase e referência bibliográfica. Portanto, é uma escrita mais estruturada e técnica, em contraste com a linguagem cotidiana.


(Equipe) Como está sendo realizado o projeto?

(Adilson) O projeto foi iniciado há aproximadamente dois meses, em abril ou maio, e estamos agora no terceiro mês. Reunimo-nos todas as terças-feiras à tarde por adesão dos alunos interessados. Durante essas reuniões, os alunos trabalham comigo na produção de textos. O projeto está em uma fase inicial e novos grupos ainda estão se formando. A ideia é que os alunos desenvolvam textos sobre temas de interesse que se relacionem com as ciências humanas, área na qual minha formação acadêmica me permite atuar como orientador. Não podemos fugir das ciências humanas, pois não tenho o embasamento teórico para outras áreas. O projeto abrange estudantes do Ensino Médio, incluindo primeiro, segundo e terceiro ano. Os temas escolhidos pelos alunos refletem seus interesses e geralmente estão alinhados com o que já é estudado nas aulas regulares, como economia, mobilidade urbana, espaços públicos de lazer e telhados verdes. Os temas surgem conforme as demandas dos próprios estudantes.


(Equipe) De onde surgiu a ideia para esse projeto?

(Adilson) Eu e o professor Everton já desenvolvíamos atividades semelhantes durante as aulas da base comum, mas o tempo disponível era muito curto. A ideia surgiu da necessidade de criar um espaço dedicado exclusivamente à escrita científica, onde pudéssemos passar mais tempo com os alunos e trabalhar em temas de maior interesse para eles. Escrevi a proposta, que foi aprovada pela reitoria, e o projeto começou a ganhar forma. A cada novo semestre, novas temáticas e estudantes entram no projeto. Ele surgiu do meu desejo de trabalhar mais intensamente com os alunos em temas que eles já estudam e que podem ser aprofundados. No ano passado e no anterior, tivemos estudantes do Ensino Médio que participaram de eventos científicos, publicaram artigos e capítulos de livros, o que demonstrou a importância e o impacto do projeto. A escola reconheceu o valor dessa iniciativa, que dá visibilidade ao trabalho desenvolvido aqui.


(Equipe) O projeto oferece diversas oportunidades para os alunos, não é mesmo?

(Adilson) Com certeza.


(Equipe) O senhor teria algum comentário adicional sobre o projeto?

(Adilson) Apenas reforçar que os estudantes interessados podem procurar tanto a mim quanto ao professor Everton. Estamos sempre de portas abertas para novos pesquisadores e estudantes que queiram participar. Serão sempre bem-vindos.


(Equipe) Professor Adilson, a equipe editorial do jornal agradece seu tempo e contribuição. Muito obrigado!


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